Lata de sardinha: vagões do metrô de Fortaleza ficam superlotados com a redução de composições circulando
15/10/2025
(Foto: Reprodução) Passageiros enfrentam superlotação no metrô de Fortaleza
O que já era apertado ficou ainda pior para os usuários do metrô de Fortaleza. Na terça-feira (14), falhas técnicas em duas composições que operam na Linha Sul obrigaram a empresa a redistribuir os trens, resultando em uma diminuição da frota em circulação. A consequência foi uma superlotação severa nos horários de pico, com passageiros enfrentando atrasos e trens abarrotados.
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O cenário se repetiu na manhã desta segunda-feira (15), conforme presenciou equipe de reportagem da TV Verdes Mares.
A reportagem acompanhou a situação ao vivo na estação Esperança, no bairro Conjunto Esperança, no início da manhã. Desde as primeiras horas, passageiros já reclamavam da situação, herdada dos problemas do dia anterior.
Imagens registradas por celulares na terça-feira mostravam o empurra-empurra nas plataformas, com muitas pessoas fazendo a clássica comparação do metrô com uma "lata de sardinha" para dimensionar o aperto. Uma pessoa do lado de fora do vagão chega a empurrar outras pessoas para o interior do veículo, tentando fazer com que elas adentrem.
Passageiros enfrentam superlotação nos metrôs de Fortaleza
TV Verdes Mares/Reprodução
Alguns usuários relataram até mesmo ter se machucado no momento de entrada nos trens. A superlotação foi mais crítica nos trens com destino ao centro da cidade, sentido com maior fluxo durante a manhã. Enquanto isso, as composições que seguiam na direção contrária, como para a estação Carlito Benevides, apareciam significativamente mais vazias.
Em nota, o Metrofor diz que o problema se agravou devido a falhas técnicas em duas composições "segue trabalhando para garantir a segurança e o conforto dos passageiros".
Idoso não consegue entrar e perde consulta médica
A gravidade da situação foi ilustrada por um caso ocorrido durante a cobertura. Um casal de idosos foi separado pela superlotação. A esposa, dona Maria, conseguiu embarcar em um trem com destino a uma consulta médica do marido, mas João, de 80 anos, ficou para trás quando as portas fecharam.
"Eu ando limitado do jeito que ando. A mulher foi pegar de fora com a pé para voltar, para aproveitar a cadeira. Aí ela entrou, quando eu fui entrar, fechou a porta", contou o idoso, que tentou embarcar pela segunda vez sem sucesso. A esposa, então, foi obrigada a descer na estação seguinte e retornar à Estação Esperança, em uma viagem de ida e volta que levou vinte minutos, para reencontrar o marido.
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